quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Síndrome de Down: O que é?

Jeanne Barros Antunes

O que é Síndrome de Down? Dentro de cada célula do corpo humano, estão os cromossomos, responsáveis pela cor dos olhos, altura, sexo e também por todo o funcionamento e forma de cada órgão do corpo interno, como o coração, estômago, cérebro, etc. Cada uma das células possui 46 cromossomos, que são iguais, dois a dois, quer dizer, existem 23 pares ou duplas de cromossomos dentro de cada célula. Um desses cromossomos, chamado de nº21 é que está alterado na Síndrome de Down. A criança que possui a Síndrome de Down, tem um cromossomo 21 a mais, ou seja, ela tem três cromossomos 21 em todas as suas células, ao invés de ter dois. É a trissomia 21. Portanto a causa da Síndrome de Down é a trissomia do cromossomo 21. Podemos dizer que é um acidente genético. Esse erro não está no controle de ninguém.

Dessa forma não se deve excluir, porque esse ser humano não é culpado por esse erro. A concepção de deficiência empregada atualmente não é muito diferente a que era utilizada na década de 50 ou anteriormente. Pode-se afirmar que houve uma evolução dos costumes ou dos avanços contemporâneos ou até mesmo dos valores essenciais do homem ou algo que a pós-modernidade nos força e propõe a conviver é a diversidade do ser humano. Também houve uma evolução da concepção de deficiência, entretanto vive-se uma fase assistencialista, nesta fase a pessoa diferente é vista como aquela que precisa de ajuda. As pessoas que se dedicam a esse fim fazem o assistencialismo de maneira caritativa, (como se fosse uma dádiva) negando que esse ser “diferente” deve ser incluído, aceito com as suas diferenças. Ser da inclusão significa isso: conviver saudavelmente com as diferenças.

Atualmente os preconceitos existem em diferentes graus. Esses mitos são perpetuados em detrimentos efetivamente científicos prevalecendo conceituais contradições, experimentando resistências e inquietações de inúmeras discriminações. Acontecem dessa forma, ao contrário os preconceitos, estigmas e estereotipo com raízes psicológicas, psicanalíticas (inconscientes), histórias e culturais. As atuais posturas discriminativas se fortaleceram no decorrer do tempo, no engano compartilhado e transmitido culturalmente.

Ser portador de deficiência nunca foi tão fácil. Não se aceita o diferente com suas diferenças. Se pode até omitir a diferença, pois se vive em uma sociedade que é hipócrita e quanto mais não se preocupar com a dor do outro melhor será, a não ser se esse contexto for para uma obra assistencialista. Sendo assim, desde a Antiguidade até os nossos dias, as sociedades comprovam a dificuldade em lidar com o diferente e suas diferenças daquilo que é novo.
A história da humanidade tem toda uma história para comprovar como os caminhos das pessoas com deficiência têm sido repletos de obstáculos, riscos e limitações. Observa-se quanto tem sido difícil a sobrevivência do ser, seu desenvolvimento e sua convivência para consigo mesmo e para com á sociedade.

Referências Bibliográficas:
BUENO, J. G. S. Educação especial brasileira: integração/segregação do aluno diferente. São Paulo: EDUC, 1993.
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2000

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